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O ofício do revisor em tempos de IA
Oficina de revisão de textos apresenta os atuais desafios profissionais da área
Quinta-feira, 6 de novembro de 2025, às 20h51
A formação de profissionais da edição continua a todo vapor na LED. Em novembro, as tardes de terça-feira são dedicadas à oficina “Revisão de textos para profissionais”. Ela está sendo ministrada pela revisora Pollyanna Mattos Vecchio, doutora em Estudos de Linguagens, pesquisadora e secretária da Diretoria de Graduação do Cefet-MG, com larga experiência como revisora de textos.
Nas aulas, gratuitas, os alunos estudam o contexto profissional, conceitos, etapas e ferramentas da revisão textual em diferentes suportes, como Word, PDF e nuvem. Faz parte do programa da oficina um assunto que sempre interessa aos profissionais: a precificação. Em geral, considera-se difícil precificar porque, além de o mercado ser muito abrangente e incluir diversas áreas de atuação (acadêmica, literária, publicitária, jornalística, jurídica, médica, científica, didática etc.), há muita variação de preços nas diferentes regiões brasileiras.
Outro tema abordado, atual e bastante polêmico, é o uso de inteligência artificial no trabalho de revisão editorial. Em relação a isso, Pollyanna Vecchio considera que “em tempos de IA – inteligência artificial generativa –, as pessoas estão inseguras, porque não escrevem mais. Por esse motivo, os profissionais de revisão estão sendo cada vez mais solicitados. Acho que será a profissão do futuro”.
A oficina faz parte do programa de ensino-aprendizagem LED+, coordenado pela professora Elaine Martins, que é também coordenadora da LED e do Eixo de Estudos Editoriais do curso de Letras: Tecnologias de Edição. Foram mais de 30 inscritos na atividade, a grande maioria mulheres e alunas do Cefet-MG. Muitas delas já têm experiência como revisora e buscam atualizar seus conhecimentos e aprender mais. É esse o caso de Giovanna Genghini, que está se formando em Letras na UFMG e já atua como revisora em um periódico acadêmico. “Vim para a oficina buscar um aporte para a minha prática, porque o curso da UFMG não tem disciplinas de revisão”, explica.
Fabiane Diniz, estudante do 5º período de Letras do Cefet-MG, refletiu a opinião da maioria das participantes: “Ter a oportunidade de participar nesse curso, especialmente com uma docente com tanto conhecimento técnico e experiência prática, contribui significativamente para a minha formação acadêmica e, sobretudo, para meus projetos e anseios profissionais como revisora”.


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